
O Papa Leão XIV afirmou que os idosos são “as primeiras testemunhas da esperança” e apelou para a sociedade libertá-los da “solidão e do abandono” e “trabalhar por uma mudança que restaure a estima e o carinho”.
A declaração foi dada pelo Pontífice em sua mensagem para o “5º Dia Mundial dos Avós e dos Idosos”.
“Somos chamados a viver com eles uma libertação, especialmente da solidão e do abandono.
Este ano é o momento propício para isso”, enfatizou Robert Prevost, lembrando que “a fidelidade de Deus às suas promessas nos ensina que há uma bem-aventurança na velhice, uma alegria autenticamente evangélica, que nos pede para derrubar os muros da indiferença em que os idosos muitas vezes se encontram”.
Para ele, o número “crescente” de idosos deve ser interpretado como “um sinal dos tempos” para “ler corretamente a história”.
Além disso, Leão XIV observou que o Jubileu é uma oportunidade para restaurar a estima e a dignidade dos idosos.
Se “é verdade que a fragilidade dos idosos exige o vigor dos jovens, também é verdade que a inexperiência dos jovens exige o testemunho dos idosos para traçar sabiamente o futuro”, afirmou, mencionando o “belo legado” dos idosos.
Em sua mensagem, o Santo Padre destaca ainda que o amor e a oração são dons que podem ser cultivados em qualquer idade. “Nada pode nos impedir de amar, rezar, nos doar, estar presentes uns para os outros, na fé, sinais luminosos de esperança”, escreveu ele, citando as palavras do falecido papa Francisco após sua última hospitalização.
“Quantas vezes nossos avós foram para nós exemplos de fé e devoção, de virtudes cívicas e compromisso social, de memória e perseverança diante das provações! Este belo legado, que nos transmitiram com esperança e amor, será sempre fonte de gratidão e constância para nós”, acrescentou.
O Papa reforçou que “nossas sociedades, em todas as latitudes, estão se acostumando com muita frequência a permitir que uma parte tão importante e rica de sua estrutura seja marginalizada e esquecida”.
Diante dessa situação, o norte-americano alertou que “é necessária uma mudança de ritmo que demonstre uma assunção de responsabilidade por parte de toda a Igreja”.
“Cada paróquia, cada associação, cada grupo eclesial é chamado a se tornar protagonista da ‘revolução’ da gratidão e do cuidado, que deve ser alcançada visitando frequentemente os idosos, criando redes de apoio e oração para eles e com eles, e construindo relacionamentos que possam dar esperança e dignidade àqueles que se sentem esquecidos”, recomendou.