A crise econômica mundial retardou em 10 anos o crescimento da Itália, segundo relatório divulgado pelo Instituto Italiano de Estatísticas (Istat).
O documento, publicado anualmente, destaca que a Itália, entre 2001 e 2010, teve "a pior performance de crescimento entre todos os países da União Europeia, com uma taxa média anual de 0,2%, contra 1,3% registrado pela UE".
A entidade, que aponta que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) italiano está "muito lento", também ressaltou a importância das exportações para a retomada econômica.
"O principal fato para a retomada da produtividade e para a recuperação é a demanda externa, que também foi o componente que guiou a queda da economia durante a recessão", diz o relatório.
No mesmo boletim o Istat divulgou que um a cada quatro italianos corre o risco de sofrer com pobreza e exclusão social, o que representa quase 15 milhões de pessoas.
A crise econômica também provocou a redução de postos de trabalho, sendo que a região mais atingida foi o sul do país, conhecida como Mezzogiorno, que registra os piores índices de desenvolvimento.
A região norte da Itália também sofreu com o desemprego e, segundo o Istat, só o centro do país "se manteve livre dos efeitos da crise".
Em dois anos, "o número de empregados diminuiu em 532 mil" e os mais atingidos foram os jovens entre 15 e 29 anos, faixa etária que registrou a perda de 501 mil vagas de emprego.