
O governo da premiê Giorgia Meloni nomeou um enviado especial para acompanhar a situação dos italianos detidos na Venezuela, incluindo a do voluntário Alberto Trentini, preso no país desde 15 de novembro sem acusação formal.
Trata-se de Luigi Vignali, diretor-geral para Italianos no Exterior, que será encarregado de “dialogar para ver como podemos garantir a libertação dos presos políticos que, em nossa opinião, não cometeram nenhum crime”.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que Trentini conseguiu telefonar para sua família pela segunda vez, após a ligação de maio passado.
“Apesar da nossa angústia constante, estamos aliviados por termos podido ouvir a voz de Alberto, por apenas alguns minutos, e expressamos nossa gratidão às instituições na Itália e na Venezuela que estão trabalhando para garantir a libertação dele”, afirmou a família, enfatizando que espera “poder recebê-lo de volta em breve”.
Em comunicado, o governo italiano celebrou o telefonema e defendeu que a libertação dos presos, incluindo Trentini, seja “alcançada em breve”.
Atualmente, há cerca de 15 cidadãos italianos detidos na Venezuela.
“Em nome do governo italiano, expresso meu alívio pelo telefonema de Alberto Trentini à sua família ontem, mais de oito meses após o início de sua detenção em prisões venezuelanas”, escreveu o vice-ministro das Relações Exteriores, Edmondo Cirielli.
Segundo ele, a chamada representa “um passo adiante na proteção dos direitos dos presos” e renova a “esperança, graças também ao trabalho diplomático em andamento, de que este compatriota seja libertado em breve”.
Trentini, de 45 anos e natural de Veneza, chegou ao território venezuelano em 17 de outubro de 2024 para uma missão com a ONG Humanity and Inclusion, a fim de levar ajuda humanitária a pessoas portadoras de deficiência. No entanto, em 15 de novembro, quando se deslocava de Caracas a Guasdualito, foi detido em um posto de controle juntamente com o motorista da ONG, sem acusação formal.