
O naufrágio do superiate Bayesian, que deixou sete mortos no sul da Itália, completou um ano, enquanto as autoridades do país ainda trabalham para tentar responsabilizar os culpados pela tragédia.
A embarcação foi atingida por um tornado enquanto estava estacionada na costa de Palermo, na Sicília, em 19 de agosto de 2024.
Entre as vítimas estão os super-ricos britânicos Mike Lynch, empresário do ramo de tecnologia, e Jonathan Bloomer, então presidente do banco Morgan Stanley International.
Lynch havia levado amigos e familiares para o Bayesian para celebrar o fim de um processo legal de 12 anos decorrente da venda bilionária de sua empresa de tecnologia para a HP.
Os outros mortos no naufrágio são a filha de Lynch, Hannah; Ricardo Thomas, cozinheiro do superiate; a esposa de Jonathan Bloomer, Judy Bloomer; e o advogado de Lynch, Chris Morvillo, e sua mulher, a designer de joias Neda Morvillo.
O Ministério Público da Itália investiga três indivíduos pela tragédia: o comandante neozelandês James Cutfield, o oficial de máquinas Tim Parker Eaton e o marinheiro de plantão Matthew Griffith.
Todos são suspeitos de homicídio múltiplo culposo e naufrágio culposo, ou seja, quando não há intenção de cometer o crime.
O fato de cinco corpos terem sido achados nas cabines de alojamento indica que as pessoas a bordo não esperavam uma tempestade, uma vez que o protocolo determina que, nessas situações, os passageiros não devem ficar nos quartos.
Além disso, uma das hipóteses é de que o veleiro estava com as portas do casco abertas no momento do incidente, o que pode ter contribuído para a água invadir a embarcação.
Também há uma segunda investigação a respeito do caso, esta sobre a morte de um mergulhador holandês, Rob Cornelis Huijben, durante as operações para recuperar o veleiro, em 9 de maio de 2025.
Há cerca de dois meses, o Bayesian foi retirado do fundo do mar e levado para um porto na Sicília.