
A Procuradoria de Roma encerrou as investigações sobre a compra e a venda de direitos televisivos no caso Mediatrade, que envolve o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. As investigações em Roma fazem parte do processo mantido pela magistratura de Milão, que acusa o premier e outras 11 pessoas – entre elas seu filho Píer Luigi Berlusconi, de fraude fiscal no valor de € 10 milhões. Foram necessárias investigações em Roma porque uma das empresas envolvidas no caso Mediatrade tinha sede na capital italiana na época das supostas fraudes (entre 2004 e 2005).
O caso Mediatrade se refere às investigações de possíveis compras superfaturadas de direitos televisivos e cinematográficos realizadas pela empresa Mediatrade, ligada ao grupo Mediaset, de propriedade da família do premier.
De acordo com a denúncia, Berlusconi e os outros 11 envolvidos usavam um sistema de fraude para inflar os preços destes direitos.
Berlusconi já chegou a participar de algumas audiências preliminares sobre o caso no Tribunal de Milão. Em tais ocasiões, ele reclamou dos processos nos quais é réu, afirmando que as acusações são "infundadas e ridículas" e atestou que não trabalha com "aquisição de direitos de TV" desde 1994, quando teria se afastado das empresas midiáticas para entrar na política.