
Um centro especializado em segurança cibernética de Treviso, na Itália, descobriu a existência de um portal na internet com milhares de gravações de áudio e vídeo roubadas ilegalmente de mais de duas mil câmeras de vigilância privadas localizadas dentro de residências, estabelecimentos e consultórios médicos.
Ativa desde dezembro passado, a plataforma permitia que os usuários visualizassem pequenos trechos das gravações gratuitamente. Contudo, o portal também oferecia a opção de comprar acesso à câmera para obter conteúdo adicional ou até mesmo obter controle sobre ela.
Os preços dos vídeos na plataforma, que eram principalmente pornográficos, variavam de aproximadamente US$ 20 (R$ 108) a US$ 575 (R$ 3,1 mil). O site podia ser facilmente encontrado pelos mecanismos de busca na internet.
A Yarix, unidade de segurança que descobriu o portal e denunciou à polícia, identificou cerca de 150 vídeos da Itália, mas também haviam gravações da França, Alemanha, Rússia, Ucrânia, México e Argentina.
Os vídeos podiam ser encontrados através de uma barra de pesquisa padrão usando tags, que selecionavam o conteúdo com base na consulta do usuário. Algumas gravações registravam mais de 20 mil visualizações.
Conforme declarado na seção “Sobre” do site, o objetivo da plataforma era “chamar a atenção do público para o problema de vazamentos de dados pessoais causados por falhas de hardware e software”.