Catolicismo Romano

Papa Leão XIV visita agostinianos e defende voto de pobreza

O Papa Leão XIV defendeu que o amor é o centro de tudo e pediu para os agostinianos permanecerem fiéis ao voto de pobreza e não apagar o espírito missionário.

A declaração foi dada durante audiência no Pontifício Instituto Patrístico Agostianiano com seus confrades que participam do 188º Capítulo Geral da Ordem de Santo Agostinho.

Na ocasião, o Pontífice recomendou aos agostinianos “a humildade para não cair na vanglória daqueles que buscam o conhecimento por si só” e “o dom da caridade divina, se quisermos viver a vida comunitária e a atividade apostólica em plenitude, partilhando os bens materiais”.

“Permaneçamos fiéis à pobreza evangélica e façamos com que ela se torne o critério para viver tudo o que somos e temos, incluindo meios e estruturas, a serviço da nossa missão apostólica”, afirmou.

No encontro, Robert Prevost aproveitou para relembrar a regra agostiniana: “Assim como vos alimentais de uma só despensa, vesti-vos de uma só vestimenta”.

Além disso, reforçou que se sente em casa no local e agradeceu de modo especial ao prior-geral que concluiu seu mandato e saudou o novo, o americano Padre Joseph Farrell, até então Vigário Geral da Ordem e Assistente Geral para a América do Norte: “Para esta função assim tão difícil, necessita-se da oração de todos nós, não nos esqueçamos”.

Após uma reflexão ampla e compartilhada, Leão XIV falou de modo particular sobre dois temas: as vocações e a formação inicial.

Seguindo Santo Agostinho, o Papa exortou todos a “não cair no erro de imaginar a formação religiosa como um conjunto de regras a seguir, ou coisas a fazer, ou mesmo como uma vestimenta pronta para ser vestida passivamente. No centro de tudo, ao contrário, está o amor.”

“A vocação cristã, e a religiosa em particular, nasce somente quando se sente a atração de algo grande, de um amor que pode saciar o coração. Portanto, nossa primeira preocupação deve ser ajudar, especialmente os jovens, a vislumbrar a beleza da vocação e a amar aquilo que, ao abraçar a vocação, podem se tornar”, ressaltou.

Por fim, Prevost enfatizou que “vocação e formação não são realidades pré-estabelecidas”, mas “são uma aventura espiritual que envolve toda a história de uma pessoa e é, antes de tudo, uma aventura de amor com Deus”. 

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