
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que é motivo de “orgulho” ser comparada ao ativista de extrema direita americano Charlie Kirk, morto com um tiro no pescoço durante um debate no último dia 10 de setembro.
A declaração chega após o surgimento de uma pichação em uma estação ferroviária de Turim, à margem de uma manifestação pró-Palestina, que dizia “Meloni é como Kirk”, insinuando que a primeira-ministra também poderia ser alvo de um atentado.
Escreveram isso como ameaça, mas quem vive de ódio e intimidação jamais será como Charlie Kirk porque não conhece o valor do diálogo, do debate e da democracia”, escreveu a premiê no X.
“Ser comparada a ele é motivo de orgulho: Kirk fez da sua vida uma batalha pela liberdade de pensamento. Quem escreve ameaças em muros permanecerá sempre prisioneiro da violência. Nós continuaremos a caminhar livres, fortalecidos por nossas ideias”, salientou.
Charlie Kirk, 31 anos, era uma estrela ascendente do movimento ultraconservador nos EUA e defensor ferrenho do porte de armas. Além disso, ganhou fama com ataques verbais aos movimentos negro, feminista e pelos direitos de minorias sexuais e de imigrantes.
“Acho que vale a pena arcar com o custo de, infelizmente, algumas mortes por arma de fogo todos os anos para proteger nossos direitos dados por Deus. É um acordo prudente e racional”, disse ele certa vez.
Em outra ocasião, afirmou que algumas mulheres negras, como a ex-primeira-dama Michelle Obama, “não têm capacidade de processamento cerebral para ser levadas a sério” e precisam “roubar a vaga de uma pessoa branca” para ser ouvidas.
Em 10 de setembro, durante um evento chamado “Prove me wrong” (“Prove-me que estou errado”) na Universidade de Utah Valley, o ativista foi baleado com um tiro no pescoço e morreu pouco depois. O único suspeito do crime até o momento é o estudante Tyler Robinson, de 22 anos, que não é filiado a nenhum partido, embora seja de uma família tradicionalmente republicana.