
A estilista italiana Maria Grazia Chiuri foi nomeada a nova diretora de criação da Fendi, seis meses após sua saída da Dior, anunciou a grife de luxo.
De acordo com a Fendi, sua primeira coleção será a de Outono/Inverno 2026-27, com apresentação marcada para a Semana de Moda de Milão, em fevereiro do próximo ano.
A nomeação marca o retorno da estilista à maison, onde trabalhou por 10 anos, entre 1989 e 1999, como designer de acessórios.
Durante esse período, ela foi responsável por liderar o desenvolvimento da bolsa Baguette, um dos modelos mais icônicos da grife.
“Maria Grazia Chiuri é um dos maiores talentos criativos da moda atual, e estou muito feliz que ela tenha escolhido retornar à Fendi para continuar expressando sua criatividade dentro do grupo LVMH, após compartilhar sua visão ousada de moda”, declarou Bernard Arnault, presidente e CEO do Grupo LVMH, proprietário da Fendi.
Chiuri assumirá a direção criativa de todas as linhas da marca — feminina, masculina e alta-costura — com a missão de reestruturar a grife.
“É com honra e alegria que retorno à Fendi, onde tive o privilégio de me desenvolver sob a orientação das fundadoras, as cinco irmãs”, afirmou a estilista, de 61 anos.
Segundo Chiuri, a Fendi tem sido um local de formação “de talentos e o ponto de partida para muitas criadoras, graças à extraordinária capacidade daquelas cinco mulheres de nutrir gerações com visão e expertise”.
Ela sucederá Silvia Venturini Fendi, herdeira dos fundadores da marca, que estava à frente das linhas de acessórios e masculina desde 1994, e havia assumido também as coleções femininas após a saída do estilista britânico Kim Jones, há um ano.
Chiuri fez história ao se tornar a primeira mulher a ocupar o cargo de diretora artística da Dior. Após os estilistas John Galliano e Raf Simons, ela conseguiu impor sua “visão de mulher Dior”, inclusive por meio de colaborações com artistas femininas.
A estilista também chamou atenção ao apresentar seu primeiro desfile para a maison francesa, em outubro de 2016, com uma camiseta branca estampada com a frase: “We should all be feminists” (“Todos deveríamos ser feministas”), inspirada no ensaio da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie.