
O Papa Leão XIV renovou seu apelo por uma política de “tolerância zero para qualquer forma de abuso na Igreja Católica.
A mensagem foi transmitida em uma carta enviada aos participantes da Conferência Nacional sobre a Proteção de Menores, realizada em Clark-Angeles, nas Filipinas.
Segundo o Pontífice, a “Igreja é o nosso lar espiritual”, e, portanto, cada paróquia e atividade pastoral deve ser um espaço no qual glorificamos a Deus e cuidamos dos outros, especialmente das crianças e dos vulneráveis”.
“Nesse sentido, renovo meu apelo à tolerância zero para qualquer forma de abuso na Igreja”, escreveu o Papa.
Leão XIV também expressou esperança de que as “deliberações” dos participantes da conferência “levem à implementação de políticas e práticas essenciais que garantam transparência na gestão desses casos, promovam uma cultura de prevenção e protejam ‘estes pequeninos’ do Senhor”.
A mensagem reforça o compromisso do Vaticano no combate a qualquer tipo de abuso dentro das instituições eclesiásticas, destacando a necessidade de transparência, prevenção e proteção das vítimas.
Nesta semana, Robert Prevost reuniu-se pela primeira vez com um grupo de vítimas de abusos sexuais cometidos por membros do clero. As vítimas descreveram o encontro como “um passo histórico e esperançoso em direção a uma maior cooperação” com a Igreja Católica.
A audiência ocorreu poucos dias após a divulgação de um relatório da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores — criada pelo falecido papa Francisco para combater a praga dos abusos sexuais — que denunciou “retaliações perturbadoras” contra sobreviventes dentro da Igreja Católica.
Em setembro passado, durante uma vigília de oração pelo Jubileu da Consolação, o Papa já havia reconhecido que “alguns membros” do clero “cometeram atos de violência e abuso”, afirmando que “hoje, a Igreja se ajoelha diante das vítimas”.