
O novo diretor do Parque Arqueológico do Coliseu, Simone Quilici, negou que o anfiteatro romano vá sediar festas de música eletrônica. A declaração foi feita após rumores nas redes sociais sugerirem a realização de “raves” no local, acompanhados de imagens geradas por inteligência artificial. Quilici, que assumiu o cargo em 20 de outubro, afirmou que o monumento será palco apenas de atividades compatíveis com seu valor histórico e simbólico.
Em entrevista à Associated Press, o diretor disse ter recebido críticas de arqueólogos e de moradores de Roma preocupados com o possível uso inadequado do patrimônio. Até fãs de música eletrônica expressaram receio de que o som alto pudesse causar danos à estrutura de quase dois mil anos. Quilici defendeu que o Coliseu deve ser tratado como um “espaço sagrado”, lembrando que o local abriga a Via Crucis durante a Páscoa, cerimônia tradicionalmente presidida pelo papa.
O diretor informou que pretende promover concertos acústicos, de jazz e apresentações de artistas como Sting, além de leituras de poesia, dança e teatro. Ele também planeja reencenações históricas de batalhas de gladiadores, baseadas em estudos acadêmicos. Segundo Quilici, essas atividades devem valorizar o aspecto cultural do monumento e diferenciar-se dos falsos centuriões que costumam abordar turistas na região.
Ao longo das últimas décadas, apenas alguns poucos shows ocorreram dentro do Coliseu, entre eles os de Ray Charles, em 2002, Paul McCartney, em 2003, e Andrea Bocelli, em 2009. Quilici afirmou que pretende resgatar esse tipo de evento, mas com público reduzido e controle rigoroso.



