
A brasileira Jéssica Stappazzollo, assassinada pelo ex-companheiro Douglas Reis Pedroso em sua residência em Castelnuovo del Garda, na província de Verona, foi esfaqueada 27 vezes, segundo a autópsia.
O exame, realizado no Instituto de Medicina Legal do Policlínico Borgo Roma, revelou que a vítima sofreu 27 perfurações, sendo quatro no peito — duas atingindo diretamente o coração —, resultando em choque hemorrágico que provocou sua morte.
De acordo com o perito, o horário exato do crime ainda não foi determinado, mas acredita-se que tenha ocorrido entre a noite de domingo (26) e a manhã de segunda-feira (27), sendo descoberto cerca de 24 horas depois.
A autópsia foi solicitada pela procuradora pública Federica Ormanni, responsável pela investigação, e realizada no mesmo dia em que a justiça italiana confirmou a prisão preventiva de Pedroso.
Jéssica era vítima de abusos e violência doméstica recorrentes por parte do ex-companheiro, que estava sob medidas protetivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, Pedroso teria removido o dispositivo antes do encontro fatal com a vítima.
O caso chocou a comunidade local e reacendeu o debate sobre a eficácia das medidas de proteção para mulheres vítimas de violência doméstica. Ontem, uma vigília em Castelnuovo del Garda prestou homenagem à brasileira.



