
Os países da União Europeia chegaram a um acordo a respeito da meta climática que será apresentada na COP30, em Belém, e do caminho para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, após uma maratona de negociações que atravessou a madrugada em Bruxelas.
Os ministros do Meio Ambiente dos 27 Estados-membros concordaram com o objetivo de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 90% até 2040, em relação ao patamar de 1990, porém com uma série de flexibilidades exigidas por países como a Itália.
Para calcular suas emissões, as nações poderão contabilizar até 10% de créditos de carbono internacionais, ou seja, uma forma de compensação obtida a partir de projetos de descarbonização feitos no exterior. “É um bom acordo e um bom compromisso”, celebrou o ministro do Meio Ambiente italiano, Gilberto Pichetto Fratin.
Ainda assim, o pacto não foi aprovado por unanimidade, já que Eslováquia, Hungria e Polônia votaram contra, e Bélgica e Bulgária se abstiveram.
Os ministros também concordaram em levar à COP30 uma contribuição nacionalmente determinada (NDC) para reduzir as emissões entre 66,25% e 72,5%, sempre na comparação com 1990, até 2035.
“É um marco em nosso processo rumo à neutralidade climática da UE até 2050 e para manter os objetivos de Paris ao nosso alcance”, disse no X a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que já está em Belém e se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira.
A União Europeia é a maior poluidora atrás de China, Estados Unidos e Índia, porém já reduziu suas emissões em 37% na comparação com 1990.



