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Internazionale e Milan assinam escritura de posse do San Siro

O Estádio San Siro, histórico palco do futebol italiano e mundial, agora pertence à Internazionale de Milão e ao Milan, que irão derrubá-lo e construir uma nova arena.

A escritura de transferência da propriedade do Giuseppe Meazza foi assinada pela Prefeitura da capital da Lombardia e pelos dois clubes, apesar da notícia de que o Ministério Público abriu uma investigação por suspeita de manipulação no processo de compra e venda.

“A realização do novo estádio e da regeneração urbana na área do San Siro representa um novo capítulo para a cidade de Milão e para os dois clubes”, diz uma nota divulgada por Inter e Milan, rivais históricos que se uniram para construir uma arena adequada às exigências do futebol moderno.

“Esse importante marco reflete as ambições compartilhadas por Milan e Inter, em vista de um sucesso esportivo de longo prazo e de um investimento que permitirá criar valor em prol do crescimento sustentável dos dois clubes”, acrescenta o comunicado, destacando que o estádio será um “ícone arquitetônico para Milão”.

A escritura dá sequência à aprovação da venda pela Câmara Municipal no fim de setembro, quando foi autorizado o repasse do San Siro e das áreas adjacentes para Inter e Milan por um valor de 197 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão).

O Meazza, que completará 100 anos em 2026 e é o maior estádio da Itália, com capacidade para cerca de 80 mil torcedores, continuará sendo usado ao menos até 2031, quando está prevista a inauguração da nova arena de 71 mil lugares.

O projeto elaborado pelos renomados estúdios de arquitetura Foster + Partners e Manica deve custar 1,2 bilhão de euros (R$ 7,4 bilhões) e também incluirá um museu, lojas oficiais dos dois times, espaços comerciais, um centro médico, escritórios, um hotel, restaurantes, áreas verdes e diversos campos esportivos.

Em contrapartida, a Prefeitura de Milão investirá 22 milhões de euros (R$ 136 milhões) em um túnel viário e em paisagismo. As obras devem começar no primeiro semestre de 2027, e o novo estádio será levantado em terrenos ocupados hoje por estacionamentos.

Enquanto isso, o Ministério Público de Milão iniciou uma investigação sobre possíveis irregularidades na venda do San Siro, disseram fontes judiciais à ANSA. Membros do MP já conversaram nesta quarta com Claudio Trotta, um dos fundadores do comitê “Sì Meazza”, que se opôs ao plano de demolição do estádio.

Em uma carta aberta ao prefeito Giuseppe Sala, Trotta afirmou que ele e outros empresários do setor de entretenimento queriam participar do leilão do San Siro, mas não conseguiram devido ao curto período de 37 dias entre a publicação do edital e o prazo para apresentação das ofertas.

Segundo o empresário, a venda do estádio foi uma operação de “especulação imobiliária” montada para evitar a participação de outros concorrentes.

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