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Itália caminha para novo recorde negativo de natalidade em 2025

A Itália caminha para bater um novo recorde negativo de natalidade em 2025, após ter registrado apenas 369.944 nascimentos no ano passado, menor número de sua história.

Segundo dados revelados por Francesco Maria Chelli, presidente do Instituto Nacional de Estatística (Istat), o número de bebês que vieram ao mundo entre janeiro e agosto foi 5,4% menor que o registrado no mesmo período de 2024, dando sequência a um inverno demográfico que representa um dos principais desafios do país para os próximos anos.

“Isso quer dizer que, também neste ano, a menos que aconteça algo de extraordinário, teremos de novo um recorde negativo de nascimentos”, declarou Chelli durante os Estados Gerais da Natalidade, evento realizado anualmente em Roma para discutir a crise demográfica da Itália.

“Isso significa que nossa quantidade de jovens está diminuindo”, declarou o dirigente, acrescentando ainda que o país perdeu 90 mil jovens graduados que se mudaram para o exterior nos últimos 10 anos. “Apenas em 2023, houve uma saída recorde de 21 mil graduados”, disse.

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, também participou do evento e afirmou que a questão da natalidade é um “tema vital para o país e todo o continente europeu”, além de alertar que a queda demográfica incidirá na “sustentabilidade das contas públicas”.

“Nossa sociedade envelhece — e deve ser lido como um sucesso o fato de que o tempo de vida aumenta —, mas, ao mesmo tempo, não se regenera, ou o faz apenas parcialmente. Os jovens são poucos, como nunca antes na história passada, talvez apenas depois de guerras devastadoras”, salientou o chefe de Estado.

De acordo com o Istat, os nascimentos estão em declínio desde 2008, quando 576 mil bebês vieram ao mundo na Itália, e uma projeção recente do instituto apontou que o país pode perder 11,5 milhões de habitantes até 2070, o que significaria uma redução populacional de 20% em menos de meio século.   

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