
Uma sinagoga, em Roma, capital da Itália, foi vandalizada após a realização de novos protestos pró-Palestina no país.
Câmeras locais mostraram dois suspeitos encapuzados que teriam pichado os muros do templo judaico com os seguintes dizeres: “Palestina livre” e “Monteverde antissionista e antifascista”, referindo-se ao bairro onde está localizada a sinagoga, que também teve sua placa dedicatória rabiscada de preto.
A sede religiosa traz um letreiro em homenagem a Michael Stefano Gaj Tachè, “um menino de dois anos assassinado em 1982 durante um atentado terrorista palestino ao Templo Maior” de Roma.
“Após mais uma manifestação pró-Palestina, a placa de dedicação da sinagoga de Monteverde foi profanada”, afirmou Victor Fadlun, presidente da Comunidade Judaica na capital italiana, segundo o qual, “o antissemitismo tornou-se o instrumento mais abjeto de protesto político possível”.
“Este é um ato que ultraja a comunidade judaica e a fere profundamente.
Este [a sinagoga] é um local de encontro onde famílias, crianças e jovens se reúnem. Atacar a sinagoga desta forma significa negar e violar o direito dos judeus de viverem uma vida normal juntos, e isso é inaceitável”, declarou Fadlun, que confia na polícia e pede ao governo “uma intervenção enérgica para deter essa espiral de ódio”.
O vice-premiê da Itália e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, condenou o ato de vandalismo contra o templo em Monteverde em seu perfil no X.
“Liguei para Victor Fadlun para expressar minha solidariedade. Contra todos os fantasmas do passado, basta de antissemitismo, basta de ódio”, escreveu Tajani.



