O órgão de fiscalização do Ministério das Políticas Agrícolas, Alimentares e Florestais da Itália realizou uma operação de busca e apreensão em estabelecimentos que vendem lotes de azeite italiano falsificado.
Chamada de "Mamma mia", a ação foi coordenada pela Procuradoria da República da cidade de Trani e pela Guarda de Finanças do país e desbaratou um esquema de fraudes nas regiões da Púglia, da Calábria e da Úmbria.
Ao todo, o Ministério confiscou mais de 2 mil toneladas de azeite de oliva extravirgem identificado como "100% italiano", mas produzido na Espanha e na Grécia. O valor da apreensão chega a 13 milhões de euros.
Segundo os investigadores, empresas fantasmas sediadas na Púglia e na Calábria emitiam documentos falsos para comprovar a origem italiana do óleo, que chegava aos engarrafadores como "Made in Italy". Aparentemente, estes últimos não sabiam do esquema. Oito pessoas estão sendo investigadas por fraude agroalimentar e crimes fiscais.
"A operação confirma o nosso alerta sobre a multiplicação de fraudes, com azeites importados que são frequentemente misturados aos nacionais, sob a cobertura de marcas históricas, para adquirir uma aparência italiana e desfrutar disso nos mercados locais e estrangeiros", diz uma nota da Confederação Nacional dos Cultivadores Diretos (Coldiretti).