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Chefe de teleférico na Itália admite que desativou freio

O chefe de serviços do teleférico Stresa-Mottarone, Gabriele Tadini, admitiu que desativou o sistema de freio de emergência para resolver um problema, mas não imaginou que um cabo pudesse se romper e provocar a queda da cabine, que deixou 14 mortos no dia 23 de maio.

“Eu corri o risco, mas a última coisa no mundo que pensei foi que o cabo de tração poderia ser quebrado”, reconheceu o italiano ao falar com seu advogado Marcello Perillo.

Perillo revelou que seu cliente “está arrependido” e não estava consciente do risco real dessa decisão. Tadini está detido desde a última quarta-feira (26), quando foi preso junto com o proprietário e o diretor da empresa Ferrovie del Mottarone, responsável pela gestão do teleférico.

Os três estão sendo acusados de múltiplos homicídios intencionais, desastre por negligência, entre outros. O advogado de defesa de Tadini anunciou que vai pedir a prisão domiciliar de seu cliente.

A promotoria, por sua vez, contestou Tadini pelo crime de falsificação no pedido de prisão preventiva. Eles alegam que o italiano fez um relatório positivo sobre o controle diário efetuado para verificar o teleférico nos dias 22 e 23 de maio.

No documento, o chefe do teleférico afirma que as verificações sobre o funcionamento dos freios tiveram “resultados positivos”, “apesar dele ter ouvido, proveniente da cabine, um ruído/som característico atribuível à presumível perda de pressão do sistema de frenagem da cabine, que se repetia a cada dois ou três minutos”.

Segundo o Ministério Público de Verbania, esse cadastro tem como objetivo “provar a verdade” e é utilizado para “garantir a atividade de fiscalização do Ministério de Infraestrutura e Transportes”.

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