
A presidente do poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, e os premiês da Itália, Giorgia Meloni, e da Holanda, Mark Rutte, visitarão a Tunísia para discutir um memorando sobre a crise migratória no Mediterrâneo.
Segundo a porta-voz da Comissão Europeia, Dana Spinant, os três devem se reunir com o presidente tunisiano, Kais Saied.
A assinatura desse acordo estava prevista para o fim de junho, mas acabou sendo adiada devido aos atrasos nas negociações.
A iniciativa é impulsionada pela Itália, que deseja fazer a UE aumentar seu apoio financeiro à Tunísia para reduzir os fluxos migratórios irregulares no Mediterrâneo Central.
Bruxelas, no entanto, já adiantou que eventuais repasses só serão liberados se o país africano tratar migrantes e refugiados com “dignidade”.
A Itália já possui um acordo para treinar, equipar e financiar a Guarda Costeira da Líbia, outro importante vetor da crise no Mediterrâneo, mas o pacto é alvo de críticas de ONGs e agências humanitárias devido às inúmeras denúncias de violências contra migrantes no país africano.
A Tunísia também é acusada de maus-tratos contra deslocados internacionais, em meio a uma severa crise política e econômica que levou o presidente Saied a dissolver o Parlamento e concentrar o poder em suas mãos.
Segundo o Ministério do Interior, a Itália já recebeu 74 mil migrantes forçados via Mediterrâneo em 2023, aumento de 134% em relação ao mesmo período do ano passado.
Embora Tunísia e Líbia sejam os pontos de partida dessas viagens, as nacionalidades mais frequentes entre os deslocados são de Costa do Marfim (9 mil), Guiné (8,5 mil), Egito (7,6 mil),