Notícias

Autoridades italianas relatam desaparecimento de vários imigrantes em naufrágio no Canal da Sicilia

As autoridades italianas e maltesas já avistaram 20 cadáveres no Canal da Sicília, após o naufrágio de uma embarcação de imigrantes.

Inicialmente, as equipes de resgate informaram que o barco levava cerca de 200 imigrantes, sendo que 48 deles foram resgatados com vida. Outros 150 estariam desaparecidos no mar. 

No entanto, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) acredita que a embarcação teria partido há dois dias das costas da Líbia com aproximadamente 300 pessoas, entre eritreus e somalis. 

Os corpos foram avistados no mar por helicópteros da Itália e de Malta, país que assumiu o comando das operações de resgate. As autoridades envolvidas no resgate afirmam que há mulheres e crianças entre as vítimas. 

As más condições climáticas, com ondas de três metros de altura, estão dificultando o trabalho das equipes de resgate dos cadáveres. 

A embarcação naufragou nesta madrugada, a cerca de 40 milhas da ilha de Lampedusa, no sul da Itália. Do barco conseguiram telefonar para as autoridades costeiras pedindo ajuda antes de afundar. O socorro foi prestado por um navio italiano. 

Os cerca de 50 imigrantes resgatados com vida já chegaram a Lampedusa e devem ser transferidos para os centros de acolhimento de estrangeiros. "Éramos 370, ficamos duas noites e três dias no mar. Então avistamos um navio italiano se aproximando", diz um homem que estava na embarcação e que perdeu a mulher e o filho de três anos.

A ilha de Lampedusa tem sido o principal destino de cidadãos do norte da África que fogem de seus países devido aos conflitos recentes, como no Egito, Líbia e Tunísia. 

O alto fluxo de imigrantes fez com que os centros de acolhimento de Lampedusa ficassem superlotados e faltassem alimentos para os imigrantes.

Na semana passada, o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi visitou o local e prometeu transferir os estrangeiros para outros centros do país. Atualmente em Lampedusa há 1447 imigrantes, entre os quais os sobreviventes do naufrágio desta última quarta-feira

O governo italiano também pretende repatriar parte dos imigrantes, principalmente os tunisianos, mediante um acordo que está sendo estudado por autoridades de ambos os países.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios