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Absolvido, ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi quer voltar à política

O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi disse ter recebido com "felicidade" a decisão da Corte de Cassação que confirmou sua absolvição no chamado "caso Ruby", processo em que respondia por prostituição de menores e abuso de poder.

Berlusconi ficou sabendo da decisão em sua residência em Arcore, Milão, e disse a partidários que "está pronto para voltar à cena" na política italiana. Fontes locais especulam que sua primeira batalha será para modificar a Lei Severino, que impede que candidatos condenados se candidatem na Itália e a qual foi a responsável por cassar seu mandato de senador.

A sentença da Corte de Cassação foi anunciada após nove horas de análises pelos juízes. Com isso, a principal instância judiciária do país negou o recurso do procurador-geral de Milão, Pietro De Petris, que pedia a condenação do ex-premier.

"A decisão da Corte de Cassação encerra definitivamente um longo processo, cansativo tanto para Berlusconi quanto para seus advogados", disse Franco Coppi, que integra a equipe de defesa de Berlusconi. Em junho de 2013, Berlusconi foi sentenciado em primeira instância a sete anos de prisão por ter mantido relações sexuais em troca de pagamento com a marroquina Karima el Mahroug, conhecida como "Ruby", quando ela ainda não tinha completado 18 anos.

No entanto, em julho do ano passado, a Corte de Apelação de Milão absolveu o ex-premier porque, segundo a juíza Concetta Lo Curto, não havia provas de que ele sabia a idade de Ruby. O mesmo tribunal também concluiu que a marroquina não tinha "interesse em confessar sua menoridade".  O ex-primeiro-ministro sempre negou as acusações e costuma dizer que promovia apenas festas e jantares em sua mansão, sem o envolvimento de prostitutas. Segundo o ex-premier, ele dava dinheiro a Ruby apenas para "ajudá-la".

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