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Agricultores acham insuficiente ajuda da União Europeia por veto russo

Agricultores da Espanha, um dos países mais afetados pelo bloqueio russo a alimentos europeus, consideram insuficientes as ajudas da União Europeia (UE) e de Madri para tentar diminuir os efeitos do veto e analisam pedir uma ampliação da medida.

A ministra da Agricultura, Isabel García Tejerina, se comprometeu a pedir a ampliação da ajuda a Bruxelas se for comprovado que a quantia enviada é insuficiente.

A UE decidiu destinar 125 milhões de euros (cerca de R$ 377 milhões) para a compensação de produtores por conta da iniciativa russa de retaliar as sanções impostas contra o país no marco do conflito ucraniano. 

A União Europeia anunciou medidas de apoio para os produtores rurais mais afetados pela decisão da Rússia de proibir importações de frutas e hortaliças europeias.

As medidas, apresentadas pela Comissão Europeia, braço executivo da UE, destinarão recursos do bloco para indenizar produtores por alimentos perecíveis na época de cultivo. A decisão, que tem efeito imediato e ficará em vigor até o fim de novembro, prevê até 125 milhões de euros (US$ 167,5 milhões) para as compensações.

Segundo Dacian Ciolo, comissário da UE para Agricultura e Desenvolvimento Rural, as ações emergenciais vão "reduzir a oferta geral de uma série de frutas e hortaliças no mercado europeu, à medida que e quando as pressões de preços se tornarem muito grandes nos próximos meses".

O bloqueio das importações pela Rússia, adotada em retaliação a sanções impostas pela UE a Moscou por seu papel na crise ucraniana, gerou críticas de produtores rurais europeus, que afirmam estar arcando uma parte injusta dos custos da política da Europa para a Ucrânia.

O gesto dos russos já levou à queda dos preços de alguns produtos agrícolas, uma vez que os produtores rurais europeus lutam para encontrar um substituto para seu maior mercado importador fora da UE, estimado em 8,8 bilhões de euros no ano passado.

Os produtos beneficiados pelas medidas incluem tomates, cenouras pimentas, couve-flor, pepinos, maçãs, pêras, frutas silvestres, uvas e kiwis.

"Agir com rapidez vai oferecer um eficiente suporte ao preço pago aos produtores no mercado interno e ajudar o mercado a se ajustar", comentou Ciolo.

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