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Cardeal Tarcisio Bertone nega acusações e diz que mídia “inventa coisas”

O cardeal Tarcisio Bertone negou que tenha se apropriado indevidamente de 15 milhões de euros das contas da Santa Sé, conforme fora publicado pelo jornal alemão "Bild".

De acordo com o jornal, o dinheiro do qual Bertone se apropriou foi enviado a um produtor televisivo amigo seu e ligado à empresa "Lux Vide". A operação teria ocorrido em dezembro de 2012 e Bertone teria feito pressão para o Banco do Vaticano (Instituto para as Obras de Religião – IOR) aprovar a transação.

"Não tem nenhum problema relacionado a essa operação. Foi efetuada com total regularidade e aprovada por órgãos responsáveis, principalmente pelo Conselho de Supervisão do IOR em 4 de dezembro de 2013", afirmou Bertone, em entrevista à agência de notícias Ansa.

Não há nenhuma relevância penal", concluiu.

"Há muita invenção da parte da imprensa e eu sou muito mais citado que os outros cardeais. Não consigo entender o porquê destes ataques", disse Bertone. "Estou em sintonia com o Papa, me sinto tranquilo".

Bertone é um cardeal italiano que foi secretário de Estado do Vaticano entre setembro de 2006 e outubro de 2013, durante o pontificado de Bento XVI. Além de ser apontado como um dos fatores que levaram à renúncia do Papa no ano passado, Bertone viu seu nome envolvido em outro escândalo recentemente, desta vez referente a um apartamento luxuoso de 700 metros quadrados que está reformando para se mudar.

"Estou me mudando para um novo apartamento e estou muito tranquilo. Esse apartamento parecia estar abandonado e precisava de algumas intervenções", completou, referindo-se às obras no imóvel.

Os responsáveis pela produtora "Lux Vide", Luca e Matilde Bernabei, disseram que a transação foi o reembolso de um empréstimo. "Sobre o contrato de financiamento, reembolsamos um empréstimo obrigatório com ações da Lux no valor estimado por uma perícia feita pela Deloitte. O organismo que permitiu o empréstimo depois comunicou que as ações da Lux teriam sido transferidas a uma fundação de direito vaticano", afirmaram.

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