
O ano de 2024 foi o mais quente já registrado na Itália, com aumento de 1,33°C na temperatura média em relação ao período de referência, entre 1991 e 2020.
Além disso, a temperatura mínima teve alta de 1,4ºC, de acordo com relatório divulgado pelo Sistema Nacional de Proteção Ambiental (SNPA), composto pelo Instituto Superior para Proteção e Pesquisa Ambiental (Ispra) e pelas agências ambientais das regiões e províncias autônomas.
Os números confirmam a tendência registrada em nível global em 2024, ano mais quente da história da humanidade, com temperatura média 0,72ºC maior que no período 1990-2020 e 1,60ºC acima da era pré-industrial, que contempla as décadas entre 1850 e 1900 e serve de patamar para metas climáticas.
De acordo com o SNPA, a anomalia mais alta na Itália ocorreu no inverno, com temperaturas 2,18ºC acima da média de 1990-2020, enquanto as precipitações acumuladas ao longo do ano foram 8% maiores do que no período de referência.
As chuvas foram mais abundantes no norte do país (+38% em relação à média), mas abaixo do esperado no sul e nas principais ilhas (-18%), com agravamento da escassez hídrica ao longo do ano. A Sicília chegou a somar 146 dias consecutivos sem precipitações, o equivalente a quase cinco meses.
O relatório, que é elaborado anualmente desde 1961, chega em meio a um início de verão anômalo na Itália, com temperaturas acima da média e beirando os 40ºC em todo o país.