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Apesar de crise, populistas do M5S viram 3ª força na Itália

O populista Movimento 5 Estrelas (M5S) comemorou os resultados das eleições parlamentares italianas, mesmo que o resultado final deva indicar que a sigla perdeu mais da metade dos seus votos na comparação com as eleições de 2018.

A sigla, que ao retirar seu apoio ao governo do premiê Mario Draghi em uma votação no Senado acabou provocando a queda da coalizão que o sustentava e a consequente antecipação do pleito, deve ter cerca de 15% dos votos, ficando na terceira colocação – atrás do extrema direita Irmãos da Itália e do centro esquerda Partido Democrático (PD).

“Todos nos davam como derrotados e o retorno foi significativo. Somos a terceira força política e temos uma grande responsabilidade”, disse o líder da sigla, o ex-premiê Giuseppe Conte.

A mesma linha foi adotada pelo vice-presidente do M5S, Michele Gubitosa, que afirmou que “nos davam como mortos nas pesquisas eleitorais, que no início da campanha ficavam entre 6% e 8%”.

No entanto, em seu discurso pós-pleito, Conte não escondeu os problemas com o PD, de quem era o principal aliado até a derrubada de Draghi. Os líderes dos dois partidos trocaram acusações constantes durante a campanha eleitoral, mas serão as principais forças opositoras ao governo que será formado pela coalizão de direita das siglas ultranacionalistas Irmãos da Itália (FdI) e Liga e o conservador Força Itália (FI).

“Nós seremos um posto avançado para a realização de uma agenda progressista, um projeto de país que mira a inclusão social e uma transição ecológica verdadeira e não fingida. Nesse ponto de vista, vamos ver se o PD estará junto, mas sem nenhum cartel ou coalizão”, ressaltou.

Principal força política nas últimas eleições, obtendo 32% dos votos dos italianos, o M5S foi perdendo apoio ao longo dos anos e após precisar mudar suas coligações por três vezes desde então.

O próprio Conte foi premiê em duas ocasiões -a primeira com o ultranacionalista Liga e a segunda com o PD -, mas o governo foi derrubado para a entrada de Mario Draghi e uma coalizão com todos os grandes partidos italianos com exceção do Irmãos da Itália (FdI) – o grande vencedor deste domingo.

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