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Após Estados Unidos, governo italiano estuda manter soldados do país no Afeganistão

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, revelou que, a pedido dos Estados Unidos, seu governo avalia manter as tropas do país no Afeganistão por mais um ano.

Os soldados italianos integram a missão "Apoio Resoluto", iniciada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em janeiro de 2015 para dar treinamento e assistência às forças de segurança afegãs.

"A Itália é um grande país, presente há muito tempo no Afeganistão. Estamos avaliando agora o pedido americano para prosseguirmos por mais um ano", disse. Segundo o premier, uma decisão sobre o assunto deve ser tomada em breve.

"Se o compromisso dos EUA continua, acho justo que da nossa parte também haja um empenho", acrescentou. Antes da "Apoio Resoluto", o Exército italiano integrava a Força Internacional de Assistência à Segurança, que combateu na nação asiática entre 2001 e 2014.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, havia anunciado a manutenção de um contingente de cerca de 5 mil soldados em território afegão após o fim de seu mandato, em janeiro de 2017. A decisão se deve ao avanço do Talibã sobre a cidade de Kundus, uma das mais importantes do país.

A retirada completa das tropas era uma das principais promessas de campanha do mandatário, que foi convencido a estender a ajuda a Cabul. Atualmente, os EUA possuem aproximadamente 10 mil militares no Afeganistão.

Em resposta à nova postura de Obama, o Talibã prometeu se concentrar em atingir alvos norte-americanos daqui para frente. Já a Rússia, que tem se oposto a Washington nas principais questões internacionais da atualidade, afirmou que a decisão de suspender a retirada das tropas é um sinal do "completo fracasso" da campanha militar ocidental no país.

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