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Itália rejeita Hamas como interlocutor em processo de paz

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, cujo país exerce a presidência de turno do G-8 [grupo dos sete países mais ricos e a Rússia], declarou que o movimento islâmico palestino "Hamas não pode ser um interlocutor" no processo de paz no Oriente Médio enquanto não reconhecer Israel. 

"Excluo que se possa dialogar com uma organização que precisamente durante a presidência italiana da União Européia, em 2003, foi incluída na lista das organizações terroristas", afirmou o premier em entrevista ao jornal francês Le Figaro.

 

"Como se pode negociar com pessoas que ainda hoje querem ver Israel cancelado dos mapas geográficos?", questionou Berlusconi na entrevista que foi publicada nessa terça-feira em ocasião do encontro do chefe de governo italiano com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, em Roma.

O premier também se mostrou "convencido de que as autoridades israelenses sabem o quanto equivocado é um uso excessivo da força com centenas de vítimas entre os civis".

Na mesma entrevista, o político anunciou que a Itália irá apresentar ao G8 "um plano de apoio à economia da Cisjordânia", em particular no setor turístico.

O plano, segundo explicou Berlusconi, "prevê a realização de um aeroporto internacional capaz de atrair os inúmeros turistas católicos interessados em visitar os lugares sagrados do cristianismo" e "um plano para a construção de infraestruturas hoteleiras por parte dos principais grupos do setor".

"Apenas assim será dado um incentivo aos palestinos para se sentar na mesa de negociações e poderemos garantir uma coexistência pacífica entre ambos os povos (judeus e palestinos, ndr)", sustentou.

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