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Em jantar de gala, Obama abre Casa Branca a Renzi e à Itália

Um jantar de Estado cintilante, o último promovido pelo casal Barack e Michelle Obama, homenageou a Itália e seu primeiro-ministro, Matteo Renzi.   

Acompanhado da esposa, Agnese Landini, o premier foi recebido com todas as honras possíveis na Casa Branca, após ter sido intensamente elogiado pelo presidente dos Estados Unidos durante uma coletiva de imprensa conjunta pela manhã.   

O jantar teve 375 convidados e foi preparado pelo chef norte-americano Mario Batali, ao som do rock alternativo de Gwen Stefani. "Não se preocupe sobre como estamos vestidos, estão interessados apenas nos vestidos das mulheres", brincou Obama ao cumprimentar Renzi, vestido com smoking Armani para homenagear um dos convidados de honra, o estilista Giorgio Armani.   

"Estou aqui porque tenho uma grande admiração pelos Obama, são duas pessoas extraordinárias e únicas", disse o ator e diretor Roberto Benigni, um dos principais aliados do primeiro-ministro italiano no mundo artístico. Mas ele não era o único vencedor do Oscar no jantar, que também teve a presença do cineasta Paolo Sorrentino.   

E a lista de italianos ilustres na Casa Branca não parou por aí: Bebe Vio, campeã paralímpica de esgrima nos Jogos Rio 2016; John Elkann, presidente da Fiat Chrysler Automobiles (FCA); Fabrizio Freda, CEO da Estée Lauder; e Giusi Nicolini, prefeita de Lampedusa, a cidade que serve de porta de entrada para imigrantes ilegais na Itália e na Europa.   

Obama, Renzi e suas esposas cumprimentaram os convidados um a um antes de se sentarem para aproveitar um cardápio de sabores italianos: agnolotti de batata doce, salada de abóbora com pecorino de Nova York e braciola.   

"Uma vez eu era o jovem, agora é ele [Renzi]. Estimo seu otimismo, sua energia e sua visão", disse o anfitrião durante o brinde. "Agnese contou como suas camisetas e camisas eram largas, uma afronta à moda italiana. Giorgio Armani, que está aqui, se envergonharia", brincou.   

Já o premier agradeceu pela "grande honra" de ser recebido na Casa Branca e comparou Obama a um "mestre do Renascimento".   

"Sempre fui um fã do Obama, desde seu primeiro discurso, em 2007. Mas no fim das contas, após ter escutado os discursos de Michelle na campanha eleitoral, encontrei alguém do mesmo nível.   

Acho que seus discursos são melhores que seus tomates", brincou Renzi, fazendo menção à horta cultivada pela primeira-dama.   

O convite do presidente ao primeiro-ministro pode ser avaliado sob dois pontos de vista. Do interno, fortalece Renzi às vésperas do referendo constitucional de 4 de dezembro, quando os italianos decidirão se aprovam ou não sua reforma política.   

Obama já disse que um "sim" ajudaria a Itália, mas as pesquisas mostram uma população dividida.   

Do externo, fortalece o premier dentro da União Europeia, que passa por uma crise sem precedentes, com a iminente saída de um de seus principais membros, o Reino Unido, as turbulências econômicas e a emergência migratória. "Matteo representa uma nova geração de líderes não só na Itália, mas na União Europeia e no mundo", disse Obama. (Ansa)

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