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Assassinato de Charlie Kirk inflama política italiana

O assassinato do ativista de extrema direita americano Charlie Kirk, apoiador do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inflamou a política italiana, com o governo da premiê Giorgia Meloni e a oposição trocando acusações a respeito de um suposto “clima de ódio” no país.

“Venho de uma comunidade política que tem sido frequentemente acusada de disseminar o ódio pelas mesmas pessoas que celebram e justificam o assassinato intencional de um jovem culpado apenas de defender corajosamente suas ideias”, disse Meloni, líder do partido de direita Irmãos da Itália (FdI).

“Acho que está chegando a hora de cobrar a esquerda italiana sobre essa contínua justificação da violência contra quem não pensa como eles. O clima também está ficando insustentável na Itália”, acrescentou a premiê, sem dar nome aos bois.

Elly Schlein, líder do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, a maior legenda da oposição no país, respondeu que foi “irresponsável” da parte de Meloni “aumentar e fomentar esse clima incandescente”, enquanto o ex-primeiro-ministro e presidente do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), Giuseppe Conte, pediu ao “governo que modere o tom”.

Outro ex-premiê, Matteo Renzi, do partido de centro Itália Viva (IV), afirmou que Meloni denunciou um suposto clima de ódio para desviar a atenção de outras questões.

“A estratégia de Meloni com o caso Kirk é clara. A premiê alimenta o ódio, semeia a discórdia e cria tensão para evitar discutir salários e segurança. Mas, acima de tudo, para impedir o surgimento de um verdadeiro movimento de direita que possa competir com ela. Meloni alimenta o medo porque ela tem medo”, escreveu Renzi no X.

Charlie Kirk, 31 anos, era uma estrela ascendente do movimento ultraconservador nos EUA e defensor ferrenho do porte de armas. Além disso, ganhou fama com ataques verbais aos movimentos negro, feminista e pelos direitos de minorias sexuais.

Durante um evento chamado “Prove me wrong” (“Prove-me que estou errado”) na Universidade de Utah Valley, na semana passada, o ativista foi baleado com um tiro no pescoço e morreu pouco depois.

O único suspeito do crime até o momento é o estudante Tyler Robinson, de 22 anos, que não é filiado a nenhum partido, embora seja de uma família tradicionalmente republicana. Balas encontradas com o rifle usado no atentado continham inscrições antifascistas, incluindo o nome da canção símbolo da Resistência italiana, “Bella Ciao!”. Robinson, no entanto, não admitiu o crime.

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