A associação Italians for Darfur realizou uma manifestação em Roma para lembrar os mortos no conflito armado na região, que fica no oeste do Sudão. A entidade cobra da imprensa italiana uma maior mobilização sobre o assunto.
"No dia em que o Tribunal Penal Internacional (TPI) anuncia sua decisão de emitir um mandado de prisão contra o presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, não se pode festejar. Deve-se recordar", afirmou a presidente da associação, Antonella Napoli.
O TPI, cuja sede está localizada em Haia, na Holanda, emitiu hoje uma ordem de prisão contra o presidente sudanês por crimes de guerra e crimes contra a humanidade praticados na região de Darfur.
"Este é um dia importante para a Justiça internacional, mas principalmente para Darfur", disse Napoli, que ressaltou que "em cinco anos de guerra brutal e sanguinária, foram perpetrados crimes terríveis".
Segundo ela, a crise humanitária já custou ao Sudão "milhares de vítimas" e fez com que "milhões de desabrigados vissem suas casas serem destruídas".
A presidente da associação avaliou que a decisão do TPI deu "esperança" às vítimas do conflito de que "tudo isso não permaneça impune".
Segundo dados da Italians for Darfur, o conflito armado iniciado em 2003 já deixou 400 mil mortos, 2 milhões de desabrigados e 300 mil refugiados.