O ator ítalo-brasileiro Reynaldo Gianecchini exaltou o legado deixado pelo estilista italiano Giorgio Armani, ícone da moda contemporânea mundial e que morreu no último dia 4 de setembro, aos 91 anos de idade.
“Gianne” iniciou sua carreira como modelo internacional na década de 1990, tendo participado de desfiles e editoriais de moda ao longo dos anos.
Na TV, estreou como protagonista da novela “Laços de Família” (2000), da rede Globo, o que lhe rendeu o posto de galã de sua geração.
Mas foi como modelo que ele teve a oportunidade de trabalhar para Armani em diversas ocasiões e chegou a estar em um evento na Calçada da Fama, em Hollywood, como convidado especial do italiano.
“Esse homem foi sempre muito elegante, e eu tive a oportunidade de trabalhar para ele algumas vezes quando era modelo e o conheci pessoalmente”, contou Gianecchini, ressaltando que “essa elegância se reflete no trabalho dele”. “São as marcas que você deixa com a sua trajetória”, salientou.
Conhecido pela moda minimalista, Armani combinou o talento de um estilista moderno com a perspicácia de um empresário, liderando uma empresa com faturamento de cerca de 2,3 bilhões de euros (R$ 14,4 bilhões) por ano.
Apelidado de “Re Giorgio” (“Rei Giorgio”, em português), o italiano criou um império na indústria da moda de luxo e destacou-se em alta-costura, prêt-à-porter, acessórios, perfumes, joias, além de arquitetura de interiores e hotéis cinco estrelas em cidades do mundo inteiro, incluindo Milão, Paris, Nova York, Tóquio, Seul e Xangai.
“Eu penso na morte sempre como uma forma de entender o que a gente quer deixar como legado. E é bonito ver, como exemplo de uma luta, de realizações, alguém que fez a diferença de alguma forma”, enfatizou Gianecchini, acrescentando que o “senhor Armani partiu muito bem”.
Para o ator ítalo-brasileiro, “Rei Giorgio” fez “o seu trabalho magnificamente, deixou seu recado” e “agora está em outra etapa”. “E a vida é isso, é um sopro”.
