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CRISE ECONÔMICA NA EUROPA: Referendo grego provoca temores de contaminação da Itália

O surpreendente anúncio do primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, de organizar um referendo sobre o acordo de Bruxelas trouxe novos temores de mercado sobre a crise europeia e colocou a frágil Itália de volta ao topo das principais preocupações. Com isso, a Bolsa de Milão fechou em queda de 6,8% nesta sessão.

Menos de uma semana depois de receber o aval de seus sócios europeus para suas promessas de reformas estruturais, a Itália registrou uma sessão de forte queda, principalmente em relação aos papeis dos bancos.

O referendo da Grécia pode aniquilar os efeitos do acordo fechado na quinta-feira em Bruxelas, que prevê elevar o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) de 440 bilhões para 1 trilhão de euros para evitar que a crise da dívida contamine a Itália.

"Enquanto os níveis de risco sobem ao céu, as bolsas caem ao inferno", resumiu o site de acompanhamento financeiro italiano Firstonline.info, que classificou como "catastrófica" a decisão de Papandreu de convocar um referendo.

O presidente do Governo italiano, Silvio Berlusconi, reagiu imediatamente e criticou a decisão grega por "pesar fortemente sobre o mercado. "Trata-se de uma decisão inesperada que cria incertezas após os esforços da Europa e às vésperas da importante reunião do G20 em Cannes", disse.

Para evitar que a crise da dívida se estenda à terceira economia da zona do euro, Berlusconi apresentou na quarta-feira passada em Bruxelas uma série de medidas que deseja adotar para reativar o crescimento e reduzir a dívida colossal de seu país, que se eleva a 1,9 trilhão de euros, ou seja, 120% do PIB.

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