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Atriz italiana Monica Vitti será homenageada no Festival de Roma, por ocasião de seus 80 anos

A 5ª edição do Festival de Roma, agendada entre 27 de outubro e 4 de novembro, prestará homenagem à atriz italiana Monica Vitti por ocasião de seus 80 anos, que ela completará em 3 de novembro.

Uma exposição de fotografias recordará a história da atriz, que saiu definitivamente das telas em 1992, ano em que começou a manifestar os primeiros sintomas do mal de Alzheimer. 

Desde então, nunca mais se soube sobre o seu estado de saúde, a não ser que ela é cuidada por seu marido, o fotógrafo Roberto Russo, com quem se casou em 1995 após 27 anos de noivado. 

O diretor italiano Ettore Scola dedicou a Vitti um livro, classificando-a como "a única mulher que foi capaz de estar ao nível dos outros cinco grandes da comédia italiana: Alberto Sordi, Vittorio Gassman, Nino Manfredi, Marcello Mastroianni e Ugo Tognazzi".

É a primeira vez que o cineasta escreve um livro dedicado a uma de suas atrizes favoritas, que dirigiu uma única vez no filme "Ciúme à italiana" (1970), ao lado de Mastroianni e Giancarlo Giannini. 

Vitti, cujo nome verdadeiro é Maria Luisa Ceciarelli, nasceu em Roma em 3 de novembro de 1931. Ela estreou no cinema com o filme "Ridere! Ridere! Ridere!" (1954) e em seguida fez uma dublagem deDorian Gray no filme "O grito" (1957), onde conheceu o diretorMichelangelo Antonioni. 

Foi com ele que a atriz, que então trabalhava principalmente no teatro, fez boa parte de suas participações no cinema e com quem namorou até 1965, formando um dos casais mais notáveis do cinema italiano que apareceram nos filmes "A aventura" (1960), "A noite" (1961), "O eclipse" (1962) e "O Deserto Vermelho" (1964).

Em 1963, ela fez sua primeira encenação com um papel cômico no episódio "A lebre e a tartaruga" de Alessandro Blasetti, no filme coletivo "As quatro verdades". Depois dessa ocasião, ela só interpretou comédias, exceto em suas atuações nos filmes "A Pacifista" (1970) do húngaro Miklós Jancsó, "La raison d'etat" (A razão do estado, em livre tradução) (1978) do francês André Cayatte, e "O mistério de Oberwald" (1980), que marcou seu reencontro com Antonioni.

Sua última aparição pública foi em 1993, quando recebeu uma homenagem do Festival Internacional de Cinema de Mulheres de Créteil, na França.

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