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Suprema Corte da Itália critica falhas em caso contra Amanda Knox

A Suprema Corte da Itália criticou promotores por terem apresentado um caso falho e construído às pressas contra Amanda Knox e seu ex-namorado, que foram acusados pelo assassinato de Meredith Kercher, uma jovem britânica de 21 anos encontrada morta por esfaqueamento em uma república de estudantes, em novembro de 2007 em Perugia, na Itália.

Knox e Raffaele Sollecito foram inicialmente condenados pelo assassinato e a penas de prisão longas, mas foram absolvidos em segunda instância em 2011, depois de quatro anos atrás das grades. Em 2013, a Suprema Corte italiana anulou a absolvição e ordenou novo julgamento. No ano seguinte, os dois foram considerados culpados no segundo recurso do julgamento. Finalmente, a Corte anulou a condenação em março deste ano.

Conforme exigido pela lei italiana, a mais alta corte italiana emitiu nesta segunda uma explicação formal por escrito sobre a absolvição feita em março. No documento, afirma que o processo teve "falhas impressionantes" e que o ex-casal foi absolvido em parte porque não havia provas de que eles estiveram no quarto em que a mulher foi morta a facadas.

A Suprema Corte diz que houve uma “absoluta falta de vestígios biológicos” de Knox e Sollecito no quarto ou no corpo da vítima. E critica a qualidade do caso da promotoria, dizendo que o desenrolar do caso “teve oscilações, que são o resultado de uma impressionante fraqueza ou surtos de amnésia e de omissões censuráveis na atividade investigativa”. Se a investigação não tivesse sido falha, a culpa ou inocência dos réus poderia ter sido determinada desde as primeiras fases, escreveu a Corte.

O clamor da mídia também foi um fator que levou a um caso falho, de acordo com a Corte. “A repercussão internacional sobre o caso fez com que a investigação passasse por uma aceleração súbita”, diz o documento.

Entenda o caso
Amanda e Sollecito foram presos logo após o corpo de Meredith ser encontrado em 2007 com a garganta cortada e em meio a uma poça de sangue em seu quarto em Perugia. Amanda e o ex-namorado dividiam o apartamento.

Meredith, de 21 anos, estudante da cidade de Leeds, foi encontrada seminua e com 43 marcas de faca no apartamento que dividia com Amanda. Os exames dos legistas mostraram que ela também foi estuprada. A promotoria considerou que os jovens mataram Meredith durante uma noite de sexo, álcool e drogas.

Procuradores alegaram que Meredith foi vítima de um jogo sexual. Amanda e Sollecito negaram as acusações e disseram que eles não estavam no apartamento naquela noite, embora tenham admitido que fumaram maconha e que a memória estava "nublada" naquele dia. Um homem da Costa do Marfim, Rudy Guede, foi condenado pelo assassinato em um processo separado e está cumprindo uma sentença de 16 anos.

Amanda e Sollecito foram inicialmente condenados pelo assassinato e a penas de prisão longas, mas foram absolvidos em segunda instância em 2011. Depois de quase quatro anos atrás das grades, na Itália, Amanda retornou a sua cidade natal, Seattle, e Sollecito retomou seus estudos de ciência da computação.

O crime voltou à tona em 26 de março de 2013, quando o mais alto tribunal criminal da Itália anulou a absolvição de Amanda e ordenou um novo julgamento. A americana foi considerada culpada no segundo recurso do julgamento, em janeiro de 2014.

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