O ministro de Relações Exteriores da Áustria, Christian Kern, anunciou que sua nação acolherá 50 imigrantes menores de idade que chegaram desacompanhados à Europa pela Itália.
O anúncio aconteceu poucos dias após o país ter confirmado à União Europeia que começaria em breve o processo de realocação de imigrantes da Itália e da Grécia, países porta de entrada de estrangeiros para a Europa.
"Parece-me uma aproximação sensata à luz das reações da Comissão Europeia. Obviamente para eles [os menores de idade] deve haver espaço. No que diz respeito, ao contrário, à grande parte da cota, ainda serão necessárias reuniões com a comissão", disse o chanceler austríaco à emissora local de rádio "ORF".
Segundo Kern, o país também deve incluir na cota de imigrantes que deverão ser realocados para a nação, que é de 1.953 até setembro deste ano conforme acordo assinado sobre o assunto pelos Estados-membros da Comissão Europeia, todos os requerentes de refúgio que foram registrados na Itália e na Grécia, mas que já estão na Áustria.
As afirmações do ministro austríaco vieram após o governo do país ter recebido uma carta de resposta do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, sobre o pedido feito pelo próprio chanceler de não fazer mais parte do plano de redistribuição, que foi assinado em 2015, mas que até hoje apresenta resultados irrisórios.
No documento, Juncker diz que "confia que a Áustria cumprirá as obrigações legais e iniciará a redistribuição". No entanto, os números oficiais vão na direção contrária. Desde o segundo semestre de 2015, quando o acordo europeu entrou em vigor, a Áustria não recebeu nenhum solicitante de refúgio que teve a chegada registrada na Itália ou na Grécia.