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Autoridades políticas da Itália rebatem críticas contra o Papa sobre pedofilia

Vítima segura foto do papa em protesto no Vaticano Políticos italianos defenderam o papa Bento XVI das acusações feitas pela imprensa mundial de que ele tenha sido omisso em relação a casos de pedofilia que chegaram a seu conhecimento antes dele se tornar Pontífice.

As principais suspeitas que pesam contra o chefe máximo da Igreja Católica envolvem um padre norte-americano de Milwaukee, Lawrence Murphy, que teria molestado ao menos 200 crianças surdas.

Segundo denúncias, ao saber do episódio, Joseph Ratzinger — que então era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé — e o atual secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, decidiram não punir o religioso e nem divulgar o caso, devido a seu alegado arrependimento e às más condições de saúde do sacerdote.

Além disso, o The New York Times publicou hoje que Bento XVI sabia que o padre pedófilo Peter Hullermann — transferido para a Arquidiocese de Munique e Freising na época em que esta era chefiada pelo atual Pontífice — continuou seu trabalho pastoral junto à comunidade após a mudança, o que fora negado anteriormente pela Santa Sé.

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, classificou como "escandalosas e vergonhosas" as suspeitas levantadas em relação à Igreja Católica e a sua máxima autoridade.

"A procura de uma escandalização a todo custo obscura a verdade e faz esquecer a coragem com que o Papa, ao contrário, confrontou um problema delicado e traumático", rebateu o chanceler do país europeu.

"São derivações de tendências extremamente perigosas que ignoram os valores religiosos e cristãos com raízes na Europa, acabando por atacar a Santa Sé, sua mensagem universal e o Pontífice", continuou ele.

Também o presidente do Senado local, Renato Schifani, declarou "inaceitáveis e indignas" as polêmicas. "Lançar ataques contra a figura do Santo Padre é um fato sem precedentes", apontou o parlamentar.

Ele também falou que Bento XVI "adotou recentemente medidas decisivas contra a pedofilia". "Assumiu posições rigorosas, que devem ser respeitadas e apreciadas. É por isso que não compreendo o motivo destes ataques, que poderiam permanecer no âmbito dos países dos quais vieram", afirmou.

Também o vice-secretário do Partido Democrata (PD), Enrico Letta, comentou o assunto. "Exprimo solidariedade e proximidade ao Santo Padre pelas investidas das quais foi feito objeto nestas horas pela imprensa ultramarina", informou ele.

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