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Parlamento da União Europeia destitui vice-presidente envolvida em escândalo

O Parlamento Europeu aprovou a destituição de sua vice-presidente, Eva Kaili, e a consequente suspensão de suas funções políticas, por conta do envolvimento da representante grega em um escândalo de corrupção.

Foram 625 votos a favor, um contrário e duas abstenções. Sob pedido dos grupos parlamentares Socialistas & Democratas (S&D), que mais teve políticos e assessores envolvidos na crise, A Esquerda e Identidade e Democracia (ID, de direita e extremadireita), a votação foi nominal.

Votou contra a destituição o croata Mislav Kolakusiv, sem grupo, e se abstiveram o holandês Dorien Rookmaker, do Conservadores e Reformistas, e o alemão Joachim Kuhs, do ID.

Kaili está presa quando a polícia da Bélgica desencadeou uma grande operação para investigar denúncias de corrupção e lavagem de dinheiro de pessoas ligadas ao Parlamento UE. Foram 16 mandados de busca e apreensão e quatro detenções no país, além de duas na Itália.

A suspeita é que o Catar tenha dado propina e benefícios financeiros para que os parlamentares e seus assessores apoiassem o país em votações da Casa. O regime é acusado de constantes violações de direitos humanos, especialmente, de trabalhadores.

Por conta da detenção, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, havia suspendido a grega de todas as suas funções, mas a destituição formal dos cargos só pode ser feita pelo plenário.

Então, os presidentes dos grupos políticos que compõem o Europarlamento se reuniram para debater a ativação do artigo 21 do Regulamento, que prevê a suspensão de mandatos. Conforme Metsola, os presidentes dos grupos tomaram uma “decisão foi tomada por unanimidade”.

Além da eurodeputada grega, continuam presos três italianos: o assessor parlamentar do grupo S&D e marido de Kaili, Francesco Giorgi, o ex-eurodeputado Antonio Panzeri e o diretor da ONG No Peace Without Justice, Niccolò Figa-Talamanca.

Dinheiro vivo

A polícia da Bélgica encontrou mais de 1,5 milhão de euros em dinheiro vivo nas casas de Kaili e Giorgi e de Panzeri, informa a mídia do país citando fontes policiais.

O montante também inclui o dinheiro escondido em uma mala que estava sendo usada pelo pai de Kaili ao deixar um hotel em Bruxelas.

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