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Avesso a polêmicas, premier italiano eleva tom contra União Europeia

Até então discreto e avesso a polêmicas, o primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, que está no cargo desde dezembro do ano passado, subiu o tom contra a União Europeia por conta de críticas à forma como o país vem lidando com a crise migratória.   

Em um relatório divulgado durante a manhã, o Conselho da Europa, que defende os direitos humanos no continente, mas não é ligado à UE, denunciou “fragilidades” no sistema italiano de repatriações voluntárias ou forçadas de imigrantes clandestinos.   

Segundo o órgão, isso pode “encorajar” um fluxo “cada vez maior” de imigrantes econômicos irregulares. Além disso, o Conselho da Europa destacou que a Itália não consegue dar proteção legal aos menores de idade que chegam desacompanhados em seu território.

O posicionamento da entidade é fruto de uma visita à Itália feita por seu comissário especial para migrações, Tomas Bocek, em outubro.   

Em discurso no Senado, Gentiloni rebateu as afirmações e disse que a crise migratória não se resolve nem mesmo com o “mago Merlin”. “O objetivo é substituir a imigração clandestina por fluxos e canais mais aceitáveis, e espero um passo a mais, em termos de recursos, para ajudar a Itália”, acrescentou.   

O primeiro-ministro também ressaltou que não aceitará “lições” da União Europeia e buscou exaltar seu governo. “Nossas atividades estão concentradas em uma série de medidas, da imigração à administração pública, do processo penal à segurança urbana. Desafio qualquer um a indicar outro governo na Europa empenhado em um complexo de reformas como o da Itália. Não somos os primeiros da classe, mas não aceitamos lições”, afirmou.   

Aos 62 anos de idade, Gentiloni assumiu a cadeira de premier em dezembro passado, após a renúncia de Matteo Renzi, de quem era ministro das Relações Exteriores.

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