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Possível corte na saúde italiana opõe governo e regiões

Rumores de que o governo da Itália estaria preparando um corte de 3 bilhões de euros (R$ 9 bilhões) no orçamento para a saúde, como parte de um grande programa de redução de despesas públicas, abriu uma crise com as regiões do país, entes equivalentes aos estados brasileiros.

O presidente da conferência que reúne os governadores italianos, Sergio Chiamparino, afirmou que foi assinado um "pacto de honra" com Roma no início de agosto para evitar a diminuição de recursos destinados ao sistema sanitário. "Se ele for rompido, viria abaixo a relação de confiança e colaboração que nós queremos manter", declarou.

Segundo Chiamparino, que comanda a região do Piemonte, esse acordo prevê um fundo de 109 bilhões de euros (R$ 327 bilhões) para o setor em 2014, com aumentos de 2,5 bilhões (R$ 7,5 bilhões) em 2015 e 2016.

Ele ainda contou que enviou uma carta para a ministra da Saúde, Beatrice Lorenzin, pedindo para o governo não alterar os compromissos assumidos.

Já o governador do Vêneto, Luca Zaia, foi mais duro em seu pronunciamento. "Aqui já economizamos cada euro que podíamos poupar, sem esperar os espertos de turno. Pensem bem, antes que isso possa iniciar uma verdadeira revolta", disse.

Pouco depois, fontes anônimas do Palácio Chigi, sede do governo italiano, tentaram acalmar os ânimos e garantiram que ninguém quer reduzir recursos, mas apenas evitar desperdícios.

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