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Itália pede extradição de ex-militares chilenos do regime Pinochet

A ministra da Justiça da Itália, Marta Cartabia, assinou um pedido de extradição de três ex-militares chilenos condenados à prisão perpétua no país europeu por causa de crimes cometidos na ditadura de Augusto Pinochet.

A medida chega pouco mais de um mês e meio depois da confirmação da sentença, que foi aplicada em contumácia, ou seja, sem a presença dos réus.

Os condenados são Rafael Francisco Ahumada Valderrama, Manuel Vázquez Chahuán e Orlando Moreno Vásquez, tidos como responsáveis pelo desaparecimento e morte de dois cidadãos de origem italiana durante o regime Pinochet: o estudante Juan José Montiglio e o padre Omar Venturelli.

Cartabia encaminhou o pedido de extradição à Embaixada da Itália em Santiago e também autorizou uma solicitação de prisão preventiva contra os ex-militares.

Montiglio era militante do Partido Socialista, estudante de biologia e chefe do Grupo de Amigos Pessoais (GAP), nome de uma guarda formada para proteger o então presidente Salvador Allende, derrubado por um golpe militar em 1973.

Ele foi preso no mesmo dia da tomada do poder pelas Forças Armadas chilenas e fuzilado pouco depois. Já Venturelli foi um dos sacerdotes que guiaram os índios mapuches na ocupação de terras dadas a colonos europeus. O padre se entregou aos militares em 25 de setembro de 1973 e foi visto com vida pela última vez em 10 de outubro daquele ano.

A Itália também já condenou outras 14 pessoas ligadas às ditaduras militares do Cone Sul, mas o único que reside atualmente no país europeu é o uruguaio Jorge Nestor Troccoli, que já está preso.

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