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Berlusconi e Liga do Norte saem fortalecidos de eleição regional na Itália

O líder Silvio Berlusconi obteve sólidos resultados nas eleições regionais na Itália, arrebatando quatro regiões da oposição nas eleições que marcaram o surgimento da Liga do Norte como foco de poder em sua coalizão de centro-direita.

A oposição de centro-esquerda, que governa em 11 das 13 regiões em disputa, conservou sete delas mas perdeu no norte rico e industrial, segundo mostraram nesta terça-feira os resultados das eleições realizadas em 28 e 29 de março.

A coalizão do primeiro-ministro de 73 anos, que já cumpriu dois anos de um terceiro mandato que terminará em 2013, ganhou em seis regiões e evitou a forte derrota de metade de período que sofreu este mês o presidente da França, Nicolas Sarkozy, apesar de um recorde de abstenção nas urnas.

A centro-direita ganhou o controle da região de Lazio que abriga a capital italiana, Roma, superando uma vergonhosa confusão burocrática ao registrar seus candidatos.

Mas foi a Liga do Norte, uma forte defensora do federalismo fiscal, a autonomia regional e as políticas anti-imigratórias, que emergiu como o claro vencedor da votação, conquistando duas regiões pela primeira vez.

A Liga se impôs na região de Veneto, no norte do país, como se esperava, tornando-se o maior partido da região, mas também superou a centro-esquerda em Piamonte e com o partido Povo de Liberdade (PDL) de Berlusconi conquistou a Lombardia, o centro industrial da Itália.

– Queremos o federalismo, e o teremos rapidamente – disse o líder da Liga, Umberto Bossi, prometendo continuar pressionando com reformas nas regiões do norte ricas em recursos que agora controla.

– A esquerda já não existe no norte – acrescentou.

A centro-esquerda, derrotada por Berlusconi na eleição nacional de 2008 e pondo à prova seu quarto líder em dois anos, conseguiu conservar seus bastiões na zona central da Itália e em partes do sul.

Cerca de 41 milhões de italianos tinham direito de participar nas eleições em 13 das 20 regiões do país. O comparecimento às urnas, no entanto, foi baixo com somente 64% dos eleitores participando, contra 72% nas últimas eleições regionais em 2005.

O alto nível de abstenção sugere uma apatia relacionada à política em geral, de acordo com analistas.

Eles citaram o fracasso dos candidatos ao abordar temas de maior importância, como o desemprego e a crise econômica, assim como os tropeços do PDL em Lazio e um recente escândalo de corrupção que envolveu um assessor de alto grau de Berlusconi.

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