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Berlusconi e Sarkozy se reúnem em Roma e defendem reformas em tratado sobre circulação na UE

Após uma reunião em Roma, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, defenderam a revisão do Tratado de Schengen, que regulamenta a livre circulação dos cidadãos dos países-membros da União Europeia (UE). O encontro, que era aguardado por autoridades de ambos os países devido a recentes desentendimentos sobre questões imigratórias, foi definido por Berlusconi como "muito positivo".

Há dez dias, um trem com imigrantes africanos que partiu da Itália foi impedido de cruzar a fronteira com a França, levando o governo italiano a protestar formalmente contra o caso. A Itália vem reclamando da falta de auxílio da UE diante do aumento do número de imigrantes que tentam entrar no país devido às recentes revoltas no Norte da África.

– Houve uma forte convergência sobre todos os temas abordados: a situação na Líbia, o Mediterrâneo, a imigração e a cooperação econômica e industrial entre os nossos dois países – disse o premier italiano, em uma entrevista após a reunião.

A revisão do Tratado de Schengen foi levantada nas últimas semanas por Paris, após Roma conceder vistos temporários a imigrantes que fugiram de países em conflito na África. A França temia uma onda imigratória devido à concessão dos vistos. A UE apoiou o governo francês na decisão de barrar o trem com os africanos.

– Nenhum de nós quer negar ou abolir o acordo de Schengen. Mas, em circunstâncias excepcionais, acreditamos que deva haver variações – disse Berlusconi.
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Sarkozy, por sua vez, ressaltou que "a França, anualmente, acolhe 50 mil imigrantes, e a Itália, uma média de 10 mil", o que, segundo ele, faz com que seu país tenha um "esforço cinco vezes maior". De acordo com fontes locais, os líderes assinaram dois documentos durante a reunião, sendo que um deles é uma carta endereçada à Comissão Europeia e ao Conselho Europeu que pede uma maior cooperação na questão imigratória.

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