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Berlusconi está “seriamente doente”, diz procuradora do caso Ruby

A procuradora-adjunta do Tribunal de Milão, Tiziana Siciliano, pediu que o processo contra o ex-premiê Silvio Berlusconi, 84 anos, seja desmembrado porque o político está muito doente.

“Nós acreditamos que Berlusconi esteja seriamente doente e afetado por uma patologia severa. Isso é o que mostram os atestados médicos e as consultas”, disse a responsável pela acusação.

Siciliano quer que as acusações contra o líder do Força Itália (FI) sejam “temporariamente” separadas dos demais imputados para que o processo continue normalmente para eles, mas seja atrasado no caso de Berlusconi.

O Tribunal de Milão acatou a solicitação de análise nesta quarta-feira e marcou uma sessão para o dia 26 de maio para tomar uma decisão final.

O pedido ganhou o apoio do principal defensor do ex-primeiro-ministro no caso, Federico Cecconi, que explicou que as recomendações médicas pedem “um período de repouso absoluto” em uma estrutura “doméstico-hospitalar” que pode durar “de 60 a 90 dias”

Ao ser questionado pelos juízes sobre a definição da acusação, de que Berlusconi “está seriamente doente”, o defensor respondeu que eles “não fizeram mais do que analisar corretamente os dados que foram apresentados pelos numerosos atestados e informações médicas que nós adicionamos no processo”.

Para os demais 28 acusados do caso, Siciliano afirmou que o processo deve seguir “porque todos têm o direito a um processo em tempos razoáveis e esse está durando muito”. O próprio Cecconi concordou e disse que a separação “não traz prejuízos” à ação.

Berlusconi deixou o hospital no último sábado (15) após a quinta internação no ano, entre os dais 11 e 15. Dessa vez, o ex-premiê havia sido hospitalizado por conta de sequelas da Covid-19.

Em janeiro, o político havia sido internado em Mônaco por conta de uma arritmia cardíaca; em fevereiro, por uma queda; em março, por “problemas de saúde” não especificados para o público; entre 6 de abril e 1º de maio, por problemas respiratórios agravados pelo coronavírus Sars-CoV2.

O Tribunal de Milão investiga corrupção em atos judiciários do caso “Ruby ter”, o terceiro processo ainda do “caso Ruby”, o escândalo sexual com as festas em sua residência que abalaram a imagem do político.

Além do processo em Milão, há também um outro em Siena, por corrupção de testemunhas, e que teve a sentença já adiada por oito vezes por conta dos problemas de saúde de Berlusconi.

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