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Berlusconi quer urgência para aprovar reforma judiciária

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, reiterou durante reunião do Conselho de Ministros sua defesa pela aprovação urgente da reforma do sistema judiciário do país, em meio ao processo jurídico que responde por abuso de poder e prostituição de menor. 

Na reunião, no qual foi aprovado por unanimidade o relatório do titular da Justiça, Angelino Alfano, o premier disse que o projeto de reforma apresentado pelo governo "é uma reforma básica sobre o princípio da civilidade". 

Segundo o chefe do Governo italiano, seria necessária urgência na aprovação do projeto, que prevê o fim da autonomia dos juízes para autorizarem escutas telefônicas e a implementação da imunidade parlamentar frente a processos judiciários.

A aprovação do relatório pelos ministros ocorre oito dias após Berlusconi ser indiciado formalmente pela Procuradoria de Milão por seu suposto envolvimento com a marroquina Karima "Ruby" El Mahroug quando ela era menor de idade e por suposto abuso de poder, também envolvendo a jovem. 

As acusações foram formalizadas após a Corte Constitucional derrubar a imunidade do premier e após investigações nas quais foram utilizadas escutas telefônicas entre ele e Ruby. 

No entanto, setores do governo argumentam que tanto a imunidade parlamentar quanto o fim das escutas estão previstas no Artigo 68 da Constituição italiana. 

Após a apresentação do relatório de Alfano, os ministros intervieram e levantaram a possibilidade de que o debate sobre o sistema judiciário possa ser o próximo motivo de confronto político com a oposição. 

O líder do oposicionista Itália dos Valores (IDV), Massimo Donadi, comentou que o projeto do governo de reforma judiciária "está enterrado sobre duas camadas de pó na Comissão de Justiça há dois anos e meio" e que não seria "agora, com um novo anúncio, que algo mudaria".

De acordo com Donadi, "a última palavra" sobre as mudanças propostas "é do Supremo Tribunal, e não do Parlamento".

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