
Faltando pouco mais de 100 dias para o início dos Jogos Olímpicos de Inverno de Milão e Cortina d’Ampezzo, na Itália, o Brasil alcançará a marca de 10 participações no megaevento esportivo e sonha em realizar o melhor desempenho de sua história.
Desde as Olimpíadas de 1992, em Albertville, o gigante sul-americano esteve presente em todas as edições e se consolidou como a grande força da América do Sul, especialmente após a campanha de 2014, em Sochi, quando estabeleceu seu recorde de delegação, com 13 competidores em sete esportes diferentes.
A campanha de 2026 é vista com muito entusiasmo por torcedores e atletas, pois o Brasil tem grandes chances de superar o recorde estabelecido na Rússia. Além disso, a equipe chegará ao norte da Itália em seu melhor momento na história dos esportes de inverno, já que o país conquistou uma medalha nas Olimpíadas da Juventude de Gangwon e subiu ao pódio em etapas da Copa do Mundo de esqui alpino e de skeleton, respectivamente, com Lucas Pinheiro Braathen e Nicole Silveira.
Essa evolução do Brasil foi acompanhada de perto pelo veterano Edson Bindilatti, atleta do bobsled, porta-bandeira da delegação verde-amarela na cerimônia de abertura dos Jogos de 2018, na Coreia do Sul, e que participará das Olimpíadas de Inverno pela sexta vez na carreira, em 2026.
Em entrevista à agência Ansa, o atleta de 46 anos não escondeu a ansiedade, a alegria e a grande expectativa por bons resultados em solo italiano, que poderão superar todas as edições anteriores.
“As expectativas são as melhores e estamos na melhor fase do nosso time. Estamos com um material competitivo e com uma expertise maior. Estamos bem ansiosos com a chegada da temporada e acreditamos que podemos alcançar um resultado muito expressivo”, avaliou Bindilatti, natural de Camamu, na Bahia.
O brasileiro, que voltará à Itália após ter participado dos Jogos de 2006, em Turim, afirmou que a competição em Milão e Cortina d’Ampezzo terá um “sabor mais especial” em comparação com as edições anteriores.
“Eu já tive a honra de participar de cinco Jogos Olímpicos, inclusive um na Itália, mas este terá um sabor mais especial porque me sinto mais preparado física e mentalmente. Estamos com muita vontade, gana e uma grande ansiedade pela vitória. Acredito que será uma Olimpíada diferente, na qual os esportes de inverno mostrarão ao Brasil o quanto são grandiosos”, declarou o atleta.
Bindilatti acrescentou que a Itália deverá conduzir os Jogos de forma “muito interessante”, sobretudo por sua ampla experiência na organização de grandes eventos. Além disso, o atleta do bobsled demonstrou entusiasmo com a inauguração da Casa Brasil Milão-Cortina 2026, marcada para terça-feira (28), na capital da região da Lombardia. O local será o primeiro montado para receber atletas dos esportes de inverno do país sul-americano.
“Estou muito ansioso e feliz por ser a primeira. Sempre os Jogos de Verão tiveram a Casa Brasil, e os de Inverno nunca tiveram. Então, tenho certeza de que esta será a primeira de muitas. Tomara que passem atletas com medalhas por lá, para que tenham a mesma receptividade que alguns atletas tiveram na de Verão”, concluiu.



