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Camorra: Prefeita italiana desiste de renúncia e fica no cargo

A prefeita da cidade italiana de Quarto, Rosa Capuozzo, revogou a renúncia apresentada no último dia 21 de janeiro e anunciou sua permanência no cargo. Ela havia decidido deixar o posto em meio a uma investigação sobre a influência da Camorra, a máfia napolitana, na administração do município.

 

"Nas últimas semanas, recebi diversos pedidos para que retirasse a renúncia. Por isso decidi ficar. Assim defendo a minha cidade", declarou Capuozzo, que revogou sua própria demissão no último dia do prazo previsto pela lei.

 

Uma investigação conduzida pelo promotor John Henry Woodcock, da Direção Distrital Antimáfia de Nápoles, descobriu que Giovanni De Robbio, o conselheiro municipal (vereador) mais votado em Quarto nas eleições de 2015, estava chantageando a prefeita para conseguir favores ao empreendedor Alfonso Cesarano, suspeito de ligação com o clã camorrista dos Polverino.

 

Em uma interceptação telefônica de 24 de novembro do ano passado, Capuozzo diz: "De Robbio chuta, chuta, mas não está obtendo nada. Chantageia, chantageia, mas não consegue nada". Segundo o promotor Woodcock, ela teve uma "conduta não linear" no caso, embora não esteja sob investigação, já que não atendeu aos pedidos do vereador.

 

Tanto a prefeita como o De Robbio foram expulsos do partido Movimento 5 Estrelas (M5S), ela por não ter denunciado as tentativas de extorsão.

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