Catolicismo Romano

Cardeais celebram missa de abertura de conclave

Os cardeais da Igreja Católica celebraram na Basílica de São Pedro, no Vaticano, a tradicional missa “Pro Eligendo Romano Pontifice, que antecede as votações do primeiro dia do conclave que definirá o sucessor do Papa Francisco. 

A missa foi concelebrada por 220 cardeais, incluindo os 133 eleitores, e presidida pelo decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re.

A cerimônia que deu início ao processo de escolha do novo líder da Igreja Católica Romana também foi aberta ao público e contou com orações em algumas das línguas mais faladas no mundo, entre elas francês, suaíli, português, malaiala, chinês e alemão. 

Em sua homilia, Battista Re apelou para “que seja eleito o papa que a Igreja e a humanidade precisam neste momento tão difícil’ e enfatizou que a escolha de um novo pontífice não é uma “simples sucessão de pessoas”, destacando que a principal tarefa do sucessor de Pedro é fazer crescer a comunhão, despertar a consciência.

“Estamos aqui para invocar a ajuda do Espírito Santo, para implorar sua luz e sua força para que seja eleito o papa de que a Igreja e a humanidade precisam neste momento difícil, complexo e atormentado da história”, afirmou.

O cardeal italiano reforçou que “rezar, invocar o Espírito Santo, é a única atitude justa e própria, enquanto os cardeais eleitores se preparam para um ato de máxima responsabilidade humana e eclesial e para uma escolha de excepcional importância”.

Segundo ele, “um ato humano para o qual é preciso abandonar toda consideração pessoal e ter na mente e no coração somente o Deus  de Jesus Cristo e o bem da Igreja e da humanidade”.

O decano do Colégio Cardinalício disse ainda que “o amor é a única força capaz de mudar o mundo”, lembrando que  “Jesus nos deu o exemplo desse amor no início da ‘Última Ceia’, com um gesto surpreendente: ele se abaixou para servir aos outros, lavando os pés dos Apóstolos, sem discriminação, sem excluir Judas, que o trairia”.

A mensagem faz um convite ao “amor fraterno, à ajuda mútua e ao compromisso com a comunhão eclesial e a fraternidade humana universal. Para Battista Re, “entre as tarefas de todo sucessor de Pedro está a de fazer crescer a comunhão de todos os cristãos, não uma comunhão autorreferencial, mas inteiramente voltada para a comunhão entre pessoas, povos e culturas”.

“A unidade da Igreja é desejada por Cristo; uma unidade que não significa uniformidade, mas comunhão sólida e profunda na diversidade, desde que se permaneça sempre em plena fidelidade ao Evangelho”, acrescentou.

Além disso, o cardeal pediu para que “o Espírito Santo, que nos últimos cem anos nos deu uma série de pontífices verdadeiramente santos e grandes, nos dê agora um papa segundo o coração de Deus, para o bem da Igreja e da humanidade”.

“Rezemos para que Deus conceda à Igreja o papa que melhor sabe despertar as consciências de todos e as energias morais e espirituais da sociedade atual, caracterizada por um grande progresso tecnológico, mas que tende a esquecer Deus”, advertiu.

Por fim, Battista Re ressaltou que “o mundo de hoje espera muito da Igreja para proteger aqueles valores fundamentais, humanos e espirituais”.

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