
Em uma reunião com grandes empresas italianas que investem na América Latina, o Ministério das Relações Exteriores da Itália garantiu que pretende reforçar e desenvolver a presença das empresas italianas na região, por meio da relação entre as esferas pública e privada.
Da reunião, participaram dirigentes de empresas como Enel, Fiat e Telecom, além de representantes de bancos e embaixadores de diversos países da região.
O subsecretário das Relações Exteriores do país, Vicenzo Scotti, explicou que o interesse italiano na região se deve principalmente ao fato de o subcontinente "sofrer menos com a crise mundial e ter taxas de crescimento interessantes".
De acordo com Scotti, "a América Latina constitui uma fundamental prioridade da política externa e da política de cooperação econômica, científica e cultural" do governo da Itália.
Para isso, o governo está organizando a 4ª Conferência Itália-América Latina, que acontecerá em outubro, em Milão, com a participação de chefes de Estado e, sobretudo, de ministros da Economia e dos Transportes.
O evento terá o objetivo de discutir o desenvolvimento das infraestruturas na região e contará com uma série de seminários sobre bancos, sistema portuário e logística na América Latina.
Desta forma, a chancelaria italiana espera ajudar as empresas de seu país a se consolidar na América Latina, tanto em caso de problemas com as autoridades locais como também na fase inicial de realização do investimento.
O presidente da Enel na América Latina, Valerico Cecchi, revelou que o grupo italiano "visa muito o desenvolvimento das energias renováveis na região, que tem uma forte disponibilidade de recursos e taxas de crescimento superiores às europeias".
Por sua vez, a Ance, associação de construtores italianos, ressaltou que a América Latina é o maior mercado das empresas italianas do exterior, com grandes projetos em andamento. A instituição, contudo, alertou para a pouca presença dos bancos italianos no subcontinente.
Contudo, o diretor central da Associação Bancária Italiana (ABI), Domenico Santececca, lembrou que os bancos italianos "não estão ausentes na América Latina" e, se não estão muito presentes na região, é porque são empresas que fazem "escolhas de tipo estratégico ". Porém, Santececca assegurou que não falta assistência às empresas italianas.