Notícias

CASO RUBY-BERLUSCONI: Pivô de “bunga bunga”, marroquina Ruby conta que quis se matar

Pivô de um escândalo que pode levar o ex-premier da Itália Silvio Berlusconi para a cadeia, a marroquina Karima el-Mahroug, popularmente conhecida como Ruby, revelou que tentou tirar a própria vida quando explodiu o caso referente às noitadas na mansão do ex-primeiro-ministro.

"Eu nunca contei isso, mas uma vez, antes de ficar grávida, eu tive uma pane. Me senti sozinha, abandonada e pensei em me suicidar. Aliás, eu cheguei a tentar. Acabei no hospital. Eu sentia o mundo inteiro contra mim. Contra Ruby, o monstro", disse a jovem, em entrevista à revista italiana "Diva e donna". No entanto, segundo ela, o nascimento de sua primeira filha, Sofia, em dezembro de 2011, lhe deu forças para seguir em frente.

Berlusconi foi condenado em primeira instância em junho de 2013 por prostituição de menores e abuso de poder. O ex-premier teria mantido relações sexuais em troca de pagamento com a marroquina quando ela ainda não tinha completado 18 anos. Segundo a sentença da quarta seção penal do Tribunal de Milão, Ruby estava inserida "no sistema de prostituição de Arcore", nome da mansão do ex-primeiro-ministro, onde, sob seu comando, entrava em cena o "bunga-bunga", exibições sensuais organizadas para "satisfazer os seus desejos".

Além disso, de acordo com os magistrados, Berlusconi se aproveitou do cargo de chefe de governo para evitar que tais fatos fossem divulgados e pressionar a polícia da capital da Lombardia para obter a libertação da marroquina, então acusada de furto. O resultado do julgamento em segunda instância deve ser anunciado ainda neste mês de julho, e o procurador-geral que atua no caso já pediu a confirmação da condenação.

No entanto, ecoando as justificativas do ex-premier, a jovem nega ter feito sexo com ele. "Eu sempre acreditei que a verdade fosse aparecer, mas, tendo em vista os recentes desenvolvimentos, tenho cada vez menos esperanças. Esse processo é uma enorme mentira. Silvio me fez apenas coisas boas", declarou, também à revista "Diva e donna".

Para a defesa de Berlusconi, nunca ficou provado que os dois mantiveram relações sexuais e a Justiça não pode condená-lo apenas por "pressupostos".

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios