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Advogado de Henrique Pizzolato envia carta a ministro italiano

O advogado do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, Alessandro Sivelli, escreveu uma carta ao ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, pedindo para ele não deixar que sua decisão no caso do petista seja ditada por uma eventual "troca" com Cesare Battisti.

A correspondência tem seis páginas e também faz um apelo para o governo não colocar a possibilidade de obter um sucesso político na frente de "direitos fundamentais de uma pessoa", ainda mais tratando-se de um concidadão, já que Pizzolato tem nacionalidade italiana.

"Fiquei sabendo pela imprensa que Henrique Pizzolato poderia ser extraditado para obter Cesare Battisti. Torço para que tais notícias sejam infundadas. Peço ao senhor para tomar sua decisão privilegiando a defesa e o respeito aos direitos fundamentais do indivíduo, direitos esses que o Estado brasileiro não garantiu ao longo do processo e que não é capaz de garantir aos próprios presos, ao invés de eventuais interesses internacionais e de imagem do seu governo", disse Sivelli.

No último dia 12 de fevereiro, a Corte de Cassação de Roma, principal instância judiciária da Itália, autorizou a extradição do ex-diretor do BB, revertendo uma decisão anterior do Tribunal de Apelação de Bolonha, que se pronunciara a favor do réu.

Agora, o veredicto final sobre o caso cabe a Andrea Orlando, que deve esperar a divulgação das motivações da sentença para se manifestar.1

Enquanto isso, Pizzolato aguarda encarcerado em uma penitenciária de Modena, norte do país. Condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do Mensalão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, o brasileiro fugiu para a Itália com um passaporte falso em nome de um irmão morto.

Contudo, ele foi capturado pela polícia local em Maranello em fevereiro de 2014, dando início ao seu processo de extradição.

Sua defesa alega que os presídios do Brasil não oferecem garantia de segurança para seus detentos, por isso ele não deve ser devolvido ao país.

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